EL COLEGIO ¿CRECIMIENTO O SUFRIMIENTO? Una visión psicoanalítica acerca de la educación.

Título original: EL COLEGIO ¿CRECIMIENTO O SUFRIMIENTO? Una visión psicoanalítica acerca de la educación [“O colégio: crescimento ou sofrimento? Uma visão psicanalítica sobre a educação”, em livre tradução]

Autores: Juan Rafael Padilla Herrera e María Victoria Niño Villamarin

Editora: Arte Litográfico – Bogotá, Colômbia

Primeira edição: fevereiro de 2020

Os autores, psicanalistas com uma trajetória de trabalho com crianças, adolescentes e adultos, bem como no acompanhamento escolar, apresentam este novo livro, escrito a quatro mãos, produto de suas experiências profissionais e pesquisas sobre o tema.

Juan Rafael escreveu vários livros sobre a infância e a adolescência: De matones y matoneados [“Sobre coações e coagidos no contexto escolar”, em livre tradução] de 2006; El niño hiperactivo y con déficit de atención: en busca de sentido [“A criança hiperativa e com déficit de atenção: em busca de sentido”, em livre tradução], de 2005;  [“Mundo pornô: a pronografia – psicanálise de um sonho falido”, em livre tradução] de 2008; Viviendo en el Límite [“Vivendo no limite”, em livre tradução], em coautoria com Laura Brainsky, de 2013; El libro del Padre [“O livro do Pai”, em livre tradução], de 2016; e Poder materno (2019). María Victoria, por sua vez, publicou em 2018 El Desbordamiento Adolescente. Una Mirada Psicoanalítica [“O transbordamento adolescente: um olhar psicanalítico”, em livre tradução].

Nesta oportunidade, os autores abordam um tema que está no centro das preocupações como um todo e de maneira específica com relação à escola: a felicidade. Esta noção é entendida da perspectiva psicanalítica iminentemente intersubjetiva, não como um estado permanente, porém como a possibilidade de lidar com as demandas do mundo interno e externo com uma porção de sofrimento que não aniquila o sujeito em suas possibilidades criativas para a existência.

Esta obra é dirigida ao público em geral e de maneira especial àqueles que trabalham com educação. São feitas reflexões sobre seu papel cultural, como parte importante do dispositivo para recriar, limitar e processar os instintos em uma tensão particular a serviço da conformação da subjetividade e da individualidade. Assim, os autores analisam, por uma perspectiva psicanalítica, as necessidades de crianças e adolescentes durante seu desenvolvimento e o modo como se manifestam em cada momento da etapa escolar. Com uma linguagem clara e simples, colocam ao alcance do público noções fundamentais de autores como Klein, Bowlby, Winnicott, Bion, entre outros, que fundamentam esse tema.

A partir de modelos predominantes de relCao e do ideário subjacente, tipificam-se os estilos e tipos de colégios e professores na atualidade, bem como se faz uma descrição dos aspectos que caracterizam um colégio e os professores que favorecem a aprendizagem de maneira criativa e, portanto, mais próxima à felicidade.

Com uma análise do mundo contemporâneo dominado por uma cultura fortemente narcisista, os autores analisam seus efeitos nefastos na vida psíquica das crianças, adolescentes e docentes. O predomínio da escola enfocada no academicismo utilitário entra em contradição com as necessidades psíquicas vitais das crianças e dos adolescentes, podando não apenas o verdadeiro crescimento, como também a possibilidade de um tipo de felicidade própria dos processos de aprendizagem.

O livro está escrito em um estilo amigável, simples, no qual os conceitos psicanalíticos se tornam de fácil compreensão sem perder o rigor e dando conta da argumentação apresentada. Recorrer às letras de músicas traz um toque fresco e aproximam o leitor da compreensão do conteúdo e do contexto histórico de análise. Um valor especial é dado por uma lista com breves comentários de filmes que fazem referência à educação e que estimulam a crítica e o pensamento em torno a ela.

De maneira geral, os autores conseguem desenvolver o que fora prometido no título, com uma análise das necessidades vitais humanas e específicas da infância e da adolescência, a caracterização da escola atual e do contexto contemporâneo, contribuindo com ideias para se pensar e reorientar a escola a aspectos mais criativos, buscando uma educação que não infrinja em um sofrimento desnecessário.

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